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  • Foto do escritorMagda Cruz

Crónica. "Tempo para Poesia em tempos de guerra(s)"


Há uma frase que não me sai da cabeça. É de um filme dos anos 2000. "If you look for it, I've got a sneaky feeling you'll find that love actually is all around." É o ator Hugh Grant que profere essa conclusão em "Love Actually". E com esta sentença, fiquei a remoer se é, de facto, final… Se põe um ponto final na questão.


Até este momento, morreram mais de 12 mil pessoas no Médio Oriente. De todos os lados. Civis, militares, agentes humanitários. Soubemos esta madrugada que foram mortos três luso-palestinianos. Uma mulher. Duas crianças. Tinham o nome na lista de Portugal para serem retirados de Gaza. Na lista da Morte, eram mais prioritários.


No primeiro dia em que a passagem de Rafah foi aberta, com fuga para o Egito, fui ouvir Bruno Neto, especialista em assuntos humanitários. Explicava-me que, 26 dias depois do início do conflito, havia 3500 crianças entre os mortos em Gaza. Três mil e quinhentas meninas, meninos. O especialista detalha que, se olharmos para a guerra na Ucrânia, a percentagem de crianças mortas (civis, por natureza) devido ao conflito com a Rússia tem vários zeros a seguir à vírgula. Morreram, às mãos dessa guerra, armada com mísseis e granadas, 540 crianças.


Claro que Bruno Neto não desvaloriza a gravidade do que se passa na Europa, mas não deixa de sublinhar a situação que se vive por esta altura no Médio Oriente: “Precisamos que a comunidade internacional pense que os palestinianos também são seres humanos”, aponta.


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